Você sabe quantos dentes temos ao longo da vida? Entenda cada fase
Somando dentes de leite e permanentes, 52 dentes compõem as duas dentições.
Seria ótimo se, para cada dente cariado, quebrado ou com sensibilidade, tivéssemos outro reserva, não é mesmo? Infelizmente, não é assim. Depois da fada do dente nos recompensar por cada um dos 20 dentes de leite perdidos, temos de nos contentar com os 32 dentes permanentes que compõem a dentição humana, o equipamento que, entre outras coisas, nos permite mastigar os alimentos, extraindo o máximo de seu potencial nutritivo.
Geralmente, a substituição dos dentes de leite pelos permanentes é concluída até a transição para a adolescência. Os retardatários são os dentes do siso, que nascem na transição para a idade adulta. Dentes permanentes bem cuidados rendem mais alegrias do que dores de cabeça, e quem sabe um envelhecimento com a dentadura completa.
Você já se perguntou quantos dentes temos ao longo da vida? Vamos por fases.
Os dentes da inocência
Os dentes decíduos, ou dentes de leite, são nossa primeira dentição. Um bebê recém-nascido parece não ter dente algum, mas boa parte da arcada dentária já está em desenvolvimento desde o quarto mês de gestação. Por volta dos seis meses de idade, os incisivos centrais inferiores aparecem, seguidos por outros dentinhos, normalmente começando pela arcada inferior.
Os incisivos serão seguidos pelos primeiros molares, depois pelos caninos e pelos segundos molares até que se completem 20 dentes, por volta dos dois anos. Essa dentição acompanhará a criança até os seis anos. É quando os primeiros dentes de leite caem – um sinal que que suas raízes foram corroídas por dentes permanentes prestes a nascer.
Essa substituição dos dentes decíduos pelos permanentes expõe um dos motivos pelos quais, apesar de temporários, os dentes de leite são tão importantes: eles “abrem caminho" na arcada dentária e servem de guia para os dentes permanentes que virão depois. Deve-se cuidar da primeira dentição para que a segunda nasça saudável e bem articulada.
Os dentes permanentes
Dos seis aos 12 anos, os dentes permanentes vêm em levas. Neste período de dentição mista, os dentes de leite aos poucos dão lugar aos definitivos. Primeiro são os incisivos centrais inferiores e os primeiros molares inferiores e superiores. Em seguida, é a vez dos incisivos centrais superiores e os incisivos laterais inferiores. É aquela época em que os os sorrisos e gargalhadas ganham o contornos desdentados.
Depois dos incisivos, vêm os caninos inferiores, os pré-molares e, por fim, os primeiros e segundos molares e os caninos superiores.
Os dentes permanentes são mais resistentes que os dentes de leite – pudera, já que vão nos acompanhar por toda a vida. E demandam cuidados e orientação, já que "ganhamos" a maioria dos dentes de leite justamente entre a infância e a adolescência, fase da vida em que as preocupações com higiene não costumam ocupar o topo das prioridades. Por volta dos 12 anos, na entrada para a adolescência, temos 28 dentes permanentes. Está (quase) tudo pronto.
Os “dentes do juízo”
Ainda faltam os dentes do siso. Pode ser aos 16 anos, ou pode ser bem mais tarde. Pode até nem chegar a ser, e ainda assim os “dentes do juízo” serão aguardados com alguma apreensão. É que é muito comum que os terceiros molares cheguem bagunçando a arcada dentária, tentando abrir espaço onde nem sempre é possível. A adaptação ambiental reduziu o maxilar humano ao longo de séculos de agricultura e dieta baseada em carboidratos, mais fácil de mastigar. Por isso, é normal precisar remover os terceiros molares, às vezes antes mesmo de eles nascerem. Muita gente não tem um ou mais dentes do siso. Ele não faz mais falta, pelo contrário: em muitos casos, incomoda.
Quer dizer, uma dentição humana bem cuidada terá entre 28 e 32 dentes. Com ou sem dentes do siso, tenha juízo: cuide bem dos deus dentes, para que eles possam seguir cuidando de você.