• 21/11/2024

    Você sabe como cuidar de sua prótese dentária?

    Se você não cuida da higiene da sua prótese dentária e não se preocupa com a alimentação, cuidado! Sem a atenção correta, sua boca pode se ferir e sua mastigação ser prejudicada, bem como a digestão dos alimentos. E mais: se a higienização não for feita, os restos de alimentos irão causar mau hálito, além de poderem gerar manchas nos dentes e na resina da prótese.

    De acordo com Rogério Adib Kairalla (CROSP 25635), membro do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), caso o sujeito portador de prótese total não faça a limpeza da dentadura, é possível contrair doenças, como a candidíase bucal. Isso acontece quando a prótese machuca a boca, causando feridas, e há má higiene, o que propicia o desenvolvimento de fungos. Além disso, a queda da resistência sistêmica nos idosos também pode favorecer o aparecimento desses fungos. “A candidíase causada pela presença das próteses deixa a mucosa bucal com uma coloração avermelhada intensa e aspecto brilhante, sensível e, em alguns pontos, pode formar uma lesão esbranquiçada”, explica.

    É importante que as pessoas que usam próteses retirem-nas para dormir, o que faz com que a mucosa descanse. “Retirar a dentadura ajuda as células ‘respirarem’, ou seja, se oxigenarem e renovarem”, explica Kairalla. O dentista ensina que não é obrigatório colocar as próteses na água, entretanto, é recomendável. “Como elas são confeccionadas em resina acrílica, fora da boca eles ressecam, podendo sofrer mais facilmente alterações dimensionais e ficar com odor desagradável”.

    Kairalla afirma que a higiene adequada pode ser feita com escova dental de cerdas mais duras e creme dental, mas também é possível usar escovas específicas para limpeza de próteses removíveis. “Além disso, vale utilizar pastilhas efervescentes em água específicas para completar a limpeza”. O creme dental não é fundamental como a escova, e pode ser substituído por outro material de limpeza, como detergentes neutros.

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    Como as próteses são adaptadas a uma parte do corpo que se remodela, elas devem ser trocadas ou refeitas com o passar do tempo, ou irão machucar e se tornar ineficientes. “A frequência depende da fase em que estão sendo confeccionadas. Quando realizadas logo após a extração dos dentes, deverão ser trocadas num período mais curto de tempo, pois o tecido ósseo irá sofrer muitas alterações até chegar no processo de remodelação. Quando estiver sendo realizada a segunda ou a terceira, as alterações nos tecidos de suporte serão bem menores, portanto, a estabilidade e retenção das mesmas estará presente por maior tempo. Além disso, a condição de desgaste dos dentes também é um fator decisivo na troca.”