• 21/11/2024

    Quais as consequências da perda de um dente?

    Quando um dente cai, prejuízo não é apenas estético.

    Assim como um quebra-cabeça, em que cada peça é importante para o resultado final, nossa boca também precisa de todos os seus componentes para exercer suas funções da melhor maneira possível. Quando perdemos um dente, comprometemos essa harmonia: os alimentos ficam em contato direto com a gengiva, machucando-a. Além disso, dentes vizinhos se movimentam de forma inadequada, na tentativa de fechar o buraco existente, e isso faz com que eles se tornem tortos e difíceis de limpar, o que propicia o surgimento de cáries e outras doenças. 

    A fala e a mastigação também podem ser comprometidas, uma vez que essas funções são realizadas pelo sistema estomatognático, que envolve os ossos da face, músculos, nervos e dentes. “Um problema em qualquer um dos componentes deste sistema pode interferir nas funções que ele exerce. Quanto maior o número de elementos perdidos, maior será a interferência”, afirma Fabiana Mantovani Gomes França (CROSP 66151), coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade São Leopoldo Mandic. 

    Entre as doenças que podem levar à perda do dente estão cárie, periodontite (disfunção que acomete a gengiva e o osso alveolar), fraturas e trincas. Para evitar que esses problemas determinem o fim da harmonia do seu sorriso, uma das dicas máxima da odontologia continua valendo: quanto mais cedo você procurar o dentista, mais chances terá de evitar problemas. Segundo França, a extração deve ser o último recurso utilizado, quando nenhum outro método para manutenção do elemento dental funcionou, uma vez que os dentes de leite são substituídos no máximo até a pré-adolescência, e a partir deste período toda  perda será definitiva. 

    Quando a extração for a única opção, o paciente deve procurar um recurso reabilitador. A professora explica que a restauração engloba um tratamento multidisciplinar, podendo ser utilizados implantes dentários e próteses confeccionadas com diversos materiais. As próteses são planejadas de acordo com o número de dentes a serem reabilitados, podendo ser unitárias (chamadas coroas dentais), parciais ou totais.