• 13/05/2024

    Protetores bucais devem ser aliados de quem pratica atividades de impacto

    Limpeza do protetor deve ser feita imediatamente após o uso para evitar o acúmulo de bactérias.

    Popular entre os lutadores, os protetores bucais servem como um escudo para os dentes. Feitos para prevenir traumatismos orais, eles já são obrigatórios em alguns esportes, como o futebol americano, mas deveriam ser aliados de todos que praticantes de atividades de impacto que envolvam quedas ou contato físico brusco, como ciclismo, basquete e futebol.   

    Fabricados com materiais flexíveis e maleáveis, como vinil e borracha, eles absorvem o impacto dos choques e, assim, protegem tecidos moles, como gengivas e lábios. "Além de proteger essa parte mais sensível da boca, eles podem evitar a fratura exposta da coroa ou da raiz (que pode levar à perda do dente) e também a reabsorção interna e externa do dente”, explica a professora de clínica odontológica da Universidade Federal de Minas Gerais Denise Vieira Travassos (CRO-MG: 18148).

    Hoje, existem três modelos de protetores disponíveis: os comuns, os moldáveis em água e os feitos sob medida. Os dois primeiros são comprados prontos em lojas de materiais esportivos e seguem tamanhos padronizados. O moldável, porém, pode ser ajustado de acordo com a estrutura dentária de cada paciente, basta deixá-lo por alguns minutos de molho em água quente e, em seguida, morder o plástico aquecido para conseguir um bom encaixe nos dentes. Os feitos sob medida, apesar de serem mais caros ‒ enquanto os modelos prontos custam entre R$ 20 e R$ 40, os sob medida podem sair por R$ 600 ‒, são a melhor alternativa para quem quer um produto de qualidade, pois garantem maior proteção e adaptabilidade. A partir de uma consulta no dentista é feito um molde, que é enviado por um laboratório responsável por fabricar um protetor bucal específico para aquele paciente.

    Para quem usa aparelho ortodôntico, os protetores são essenciais, visto que qualquer tipo de pancada na região da boca pode provocar lesões graves. Entretanto, o cuidado ao escolher o melhor modelo deve ser redobrado. “Quem tem aparelho fixo não pode usar um protetor com moldagem em água, porque pode acontecer de um grudar no outro e só sair com a remoção dos dois”, explica Denise. Segundo a professora, o ideal é que esse paciente use o modelo feito sob medida.

    Além de sempre escolher modelo se adapta melhor para cada caso, é preciso tomar cuidado com a higienização do utensílio, visto que ele pode se tornar um local de acúmulo de bactérias. Após utilizá-lo, é preciso fazer a limpeza com água e sabão neutro ou creme dental, e a recomendação é que ele seja armazenado seco em uma caixinha, como as utilizadas para guardar dentadura ou aparelho móvel.

    A troca do protetor vai depender não só da qualidade do material, mas também do tempo e intensidade de uso, que acabam desgastando o protetor e diminuindo sua capacidade de proteger a boca. Denise alerta que não se deve ficar mais de um ano com o mesmo protetor e que cada paciente deve ter o uso orientado pelo dentista.